A Quinta da Aveleira

Inserida numa paisagem natural única esta quinta está situada em Távora, no Município de Tabuaço, bem no coração da Região do Douro. Desfrute do conforto de casa, num recanto especial do Douro, deslumbre-se com a paisagem natural e perca-se na atmosfera de uma verdadeira casa tradicional do Douro.

As referências mais antigas sobre a Quinta da Aveleira remontam ao século XII, época em que o Conde D. Henrique fez doação de vários territórios ao vizinho mosteiro de São Pedro das Águias, na órbita do qual a quinta se manteve durante largo período.

O edifício habitacional foi reedificado na primeira metade do século XVIII pelo cónego e Deão da Sé do Porto, D. Jerónimo de Távora e Noronha Leme Cernache. É possível que Nicolau Nasoni, artista muito ligado ao Deão, tenha contribuído para os trabalhos de requalificação então levados a cabo, mas não há certezas quanto a esta eventual participação. A Quinta foi adquirida por Artur Santos Parente e sua esposa Deolinda no século XIX, sendo objecto de uma outra intervenção, pois encontrava-se em ruínas. Mais tarde, já na segunda geração, em 1989 um incêndio destruiu o imóvel, cuja recuperação teve início em 1999 com o objectivo de transformar a casa em Turismo de Habitação, ligado à exploração vinícola da Quinta. A terceira geração dedicou-se à recuperação total da casa de turismo e envolvente exterior, mantendo sempre o cuidado de recuperar e preservar a identidade histórica da Quinta.

Trata-se de um imóvel de planta em L, cujos pisos, dois e quatro, se adaptam ao declive do terreno. Os vãos de verga recta e sem qualquer ornamento configuram uma arquitectura depurada, da qual foi retirado o brasão, no início do século XX, única marca do poder e do prestígio dos seus proprietários. A capela, situada no corpo de menores dimensões, distingue-se em altura, e é delimitada por pilastras, terminando em frontão curvo interrompido.

O portal, de verga recta, é rematado por uma moldura recortada, sobrepujado por janelão de remate contracurvado. O retábulo que se encontra no interior é recente, remontando ao início do século XX. Algumas datas, inscritas em determinados elementos de outras dependências da quinta, permitem perceber que os imóveis relacionados com a produção do vinho tiveram obras em 1794 e que o tanque deste armazém foi edificado em 1873. Para além do valor histórico e arquitectónico do conjunto edificado, ganham especial destaque os vinhedos, plantados na vasta área da quinta, toda ela organizada em fortes declives.